segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Nosso lar!


Nosso lar!
 Lembra quando tudo fazia sentido?
Quando o dia amanhecia acordado por nossas conversas?
Quando a noite escondia a lua, envergonhada da forma descarada com que fazíamos amor?
Lembra-se do nosso lar? Da cama com lençóis amarrotados, banheiro molhado do banho juntinho e de como o sabonete derretia pela demora em que corríamos com ele, cada qual no corpo alheio?
Aliás, corpo alheio não é um termo que caiba, pois nos pertencíamos mutuamente.
Lembra das canecas e do café quentinho?
Lembra do sorriso preguiçoso e do beijo com bafinho? (Nada melhor do que começar o dia com um beijo de bafinho).
Incrível como tudo é tão real, apesar de ser tudo imaginário. Como é difícil perder o que não se teve. Como é difícil não ter forças para lutar pelo que se desejou com toda alma, todo fôlego de vida!
Lembranças verdadeiras, falsas lembranças, dias difíceis, dias que não chegaram nunca.
Nosso lar! Onde erramos? Construímos castelos de areia? O vento derrubou ou o lobo mau quem soprou?
Foi tudo em vão? Utopia, pilantragem do destino, hora errada? Quero uma resposta.
Quero nosso lar! Quero você!

Raposinha!

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