sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um belo coração

Um jovem estava no centro de uma cidade, proclamando ter o coração mais belo da região. Uma multidão o cercava e todos admiravam o seu coração. Não havia marca ou qualquer outro defeito. Todos concordaram que aquele era o coração mais belo que já tinham visto.

O jovem ficou muito orgulhoso por seu belo coração. De repente apareceu um velho diante da multidão e disse: “Por que o coração do jovem não é tão bonito quanto o meu?” A multidão e o jovem olharam para o coração do velho que estava batendo com vigor, mas tinha muitas cicatrizes. Havia locais em que os pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.

O jovem olhou para o coração do velho e disse: “O senhor deve estar brincando ... comparar nossos corações. O meu está perfeito, intacto e o seu é uma mistura de cicatrizes e buracos.”

“Sim! – disse o velho. – Olhando o seu coração parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu.”

Veja, cada cicatriz representa uma pessoa para a qual eu dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu coração e dei para cada uma dessas pessoas. Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu o colocasse no meu, mas como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades. Mas eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos.

Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu. Por isso há buracos. Eles doem. Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas ...Um dia espero que elas retribuam, preenchendo esse vazio. E então jovem? Agora você entende o que é a verdadeira beleza?

O jovem ficou calado e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho, tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto. O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo do que nunca.

Agora você terá a chance de retirar um pedaço do coração e passá-lo para uma pessoa que goste, ou senão guarde-a, e deixe seu coração intacto...


Autor Desconhecido

Beijo da raposinha
Carpe Diem

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Faxina geral


A vida é como uma casa e devemos mantê-la limpa, varrida, adornada.
Uma janela aberta para ventilar, um tapete na porta para tirar a sujeira dos sapatos.
Em dia de festa tudo muda, a casa fica cheia de alegria, mas também cheia de sujeira.
Vão-se os convidados e ficam copos descartáveis no chão, resto de comida pelos cantos, as pessoas vão à sua casa e fazem a maior bagunça, deixam seus restos.
Hora da limpeza, fim de festa!
O que é descartável para o lixo. Ficam as recordações, as boas e más lembranças, fotos, as alegrias e brigas do evento.

Mais um dia, um dia após a festa...

Assim é a vida. Umas pessoas entram nelas trazendo pouca ou nenhuma sujeira na sola do sapato, são as que encontramos na rua, no trabalho e que não entram verdadeiramente em nossas vidas, só no nosso dia a dia.
Tem as que entram de sola, fazem uma festa, se alegram contigo, sorriem, choram, te deixam descabelada, suada, feliz, mas vão-se embora, deixando a poeira de seus passos marcados no piso frio de seu coração. Deixam seus restos, suas marcas e muita saudade.

Como no dia seguinte à festa temos que fazer uma faxina, nas nossas vidas é o mesmo, temos que limpar nosso coração. Limpar as marcas dos passos, as impressões que aprisionam e se livrar dos ratinhos que aparecem para roer nosso coração.

Decidi rever valores, varrendo traços de tristeza e abrindo as janelas do meu coração!
Faxina geral na minha vida.

Beijos da Raposinha!

Carpe Diem

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Andança


Andava por um caminho,

Convergia,

Ia e vinha,

Cansava,

Parava,

Seguia.

A alma escondida se mostra

Nos caminhos percorridos,

Pedra, flor, espinho.

Mostrava os pés, responsáveis pela andança.

Ora tratados, ora calejados, ora simplesmente empoeirados.

Os pés resvalaram e por vezes seguia - um pé no caminho e outro no precipício.

Por que não caí?

De um lado, meu chão eu sentia, do outro, a mão de Deus me sustentava.

A mão me impediu de cair, mas os pés, esses me levavam cada vez mais distante.

De onde não sei mais voltar.


Beijos da Raposinha
Carpe Diem!