segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Urso e a Leoa

A vida é uma caixinha de surpresas. Encontros inusitados, amores impossíveis que se tornam possíveis. Esse é um conto que começa no dia em que o Urso se apaixonou pela Leoa. Taí seu conto, amor meu! Um beijo da sua Leoa, meu Urso!

Em um tempo não muito distante, havia uma regra no reino animal onde só poderiam se unir os animais da mesma espécie. Tudo era calmo e tranquilo, até que um dia, dois animais descobriram que a vida lhes reservava uma surpresa.
Um Urso, muito forte e bonito, olhou diferente para uma Leoa. Seus olhares se cruzaram e aconteceu o inevitável, os dois se apaixonaram.
Não havia quem dissesse que esse amor era possível.
O Urso territorialista, forte, a Leoa com status de “autoridade”, temperamental e ciumenta. Ele Urso, ela Leoa, já começava por aí. O Urso era diferente demais da Leoa, impressionava-se com seu porte, achava que seria apenas um súdito daquela linda majestade. O Urso ainda não tinha visto o amor brilhando nos olhos daquela Leoa.
Os dias passaram e os comentários começaram a aparecer. E o Urso foi ter com a Leoa.
Um oi meio engasgado e a Leoa surpresa com a atitude do Urso correspondeu à sua abordagem e daí em diante, não mais se separaram...
A floresta estava ruidosa naqueles dias, até que o Urso e a Leoa resolveram falar abertamente sobre seu amor.
Os animais foram contra, mas a Leoa, com sabedoria, disse aos demais:
- Não podemos ficar juntos por causa das regras? E se eu mostrar que existe uma regra que nos obriga a ficar juntos? Uma regra que é mais poderosa que a regra das espécies? Vocês aceitariam a nossa união?
Os animais pensaram e discorreram entre si e enfim, a coruja, sábia conselheira, disse pelos outros que sim.
A Leoa então fez seu breve discurso:
- Todos sabemos que existem regras em comunidades que são para ser cumpridas. Sabemos também que não adianta impor uma regra que vá contra a natureza dos seres. Então, como impor uma regra que limita a ação do coração, órgão vivo, autônomo, que não se importa com o que o cérebro ordena, faz o que sente e não é sujeito a nada e nem a ninguém?
A Leoa se calou, olhou para seu Urso e esperava a reação dos outros animais. Foi quando a tartaruga, a mais velha dos bichos disse:
- Em minha longa vida, nunca vi o amor perder uma única batalha.
Os bichos aceitaram, pois contra o amor não há regras, não há argumentos, não há talvez.
E o Urso e a Leoa puderam viver felizes, juntos, curtindo a delícia de suas afinidades e diferenças. O Urso dominava a Leoa e a Leoa se sentiu frágil, deliciosamente frágil diante da força do Urso. E o Urso tinha tudo daquela Leoa, o amor que nunca havia encontrado, a parceria perfeita para sua vida. Nunca houve amor maior.
E viveram realmente, felizes para sempre... Até os dias de hoje e com a certeza absoluta do amanhã.

Beijo da Raposinha, que também é Leoa...
Carpe diem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentario...