domingo, 31 de maio de 2009

Fé, Esperança e Caridade

Conto com seu conto!
Fabio disse:
"Tenho uma sugestão para o "conto com seu conto": fé, esperança e caridade. Preciso ler vc escrevendo sobre isso. Beijo do teu urso".
Taí meu Urso, seu conto... Depois então você me conta o que achou, razão da minha vida!
Te amo... Sua Leoa!

Costumava andar no parque descalça. A sensação de pisar em vários tipos de terreno era por mim considerada demais prazerosa. E nesses momentos, me recolhia ao meu íntimo e fazia planos, lembrava coisas, importantes ou não.
Um dia sentei-me num banco, debaixo da sombra de uma árvore e um senhor de uns 70 anos sentou-se ao meu lado. Estava cansado e jogou-se gostosamente como uma criança na caixa de areia. Sorriu um daqueles sorrisos que iluminam a alma e não pude deixar de puxar conversa.
- Bom dia! Disse-lhe, retribuindo aquele sorriso.
- Bom dia, criança. Respondeu-me e me senti meio assim mesmo, uma criança!
Depois de algumas falas e das devidas apresentações, descobrimos que participávamos da mesma comunidade cristã.
Os assuntos não paravam e aquele senhor parecia uma enciclopédia ambulante. Tanta sabedoria, tanta disposição em compartilhar e começamos a falar sobre Jesus e o plano de Salvação.
Em minha ânsia pelo saber, perguntei o que ele, com tanta sabedoria poderia me dizer sobre a salvação. E ele me respondeu:
- Filha, para entendermos um pouco da Salvação, temos que dar nomes certos às coisas. Não se enganar em relação à salvação e justificação, caridade e filantropia, fé e crença...
Ouvia atenta!
- Jesus morreu por nós, sendo Ele perfeito, seria o único sacrifício aceitável por Deus em definitivo. Ele nos deu o sinal da cruz e a cruz passou a ser nosso norte.
- Mas onde entram a fé e a caridade no plano de salvação? Perguntei.
- A fé foi dada por Deus a cada um de nós. Deus nos proveu da ferramenta necessária para identificar e aceitar que o sacrifício de Cristo não poderia ser substituído por nada vindo de nós mesmos. Somente Deus poderia suprir o cordeiro, sem mancha, sem mácula. A fé é a adesão máxima do nosso espírito àquilo em que crê ser verdadeiro. Ela existe dentro de cada um de nós. É como uma sementinha, que germina e tem que crescer, e cresce através da nossa caminhada diária.
Se você usa a sua fé, enxerga a cruz e passa a ter Cristo como salvador, como exemplo.
Cristo nos ensinou que para segui-lo deveríamos ir após Ele e carregar a nossa cruz.
- Nossa! E como saber qual a nossa cruz?
- A mesma dele, guardadas as devidas proporções. Disse-me.
- Continuando. A fé nos permite crer no sinal da cruz e a fé necessita crescer. Se ela é como uma semente, precisa de água, luz, calor e alimento para crescer. Tudo isso podemos obter, exercitando nossa caridade.
- Ah, agora sim. E qual a diferença entre caridade e filantropia?
- Caridade é a fé em ação. É o ato de amor ao próximo feito por aquele que ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Filantropia não. O filantropo não tem a necessidade de ser cristão. Não lhe interessa mostrar para o que recebe a caridade a face de Cristo em si. Ele pratica a filantropia. Quem está ali é ele e tão somente ele.
Se você é filantropo, doa-se por momentos e depois pode nunca mais ver aquela pessoa. Agora a caridade, essa você doa seu tempo, quando você parte, deixa um pedaço de si, deixa a marca da cruz, deixa uma direção ao alvo de sua caridade.
- Que lindo! Deixe-me ver se entendi.
A salvação é o sacrifício de Cristo por amor a Deus e à humanidade, a nossa adesão a Cristo, por meio da fé que Deus nos deu e a prática da caridade, que é o nosso sacrifício para com o próximo. Como exemplo de Cristo, doamo-nos e nos entregamos às obras por amor d’Ele.
- Quase isso! Ainda falta falarmos sobre justificação e salvação. Quando se adere ao sacrifício de Cristo, você está justificado, ou seja, torna-se justo, digno por Cristo de receber a salvação. Até então, você é justificado. E você também se justifica pelas suas obras. Pelos frutos, conhecereis a árvore. Se tem bons frutos e se mantém firme e fiel, alcança então, a salvação.
E a esperança? Ah, a esperança é uma ferramenta linda, através da esperança, não apenas cremos, mas passamos a esperar confiantes no Senhor. Sabendo que Ele sempre nos dará a coisa certa, e mesmo que não venhamos a compreendê-Lo, Ele sempre nos fará o seu melhor! A isso chamamos esperança, esperar confiantemente!
Eram 15:00 h, e o senhor teria que seguir para sua casa. A conversa tinha sido gostosa o suficiente para ser inesquecível. Ali pude sentir na pele o sentido profundo da palavra caridade. Um Senhor que se doou a mim, compartilhou seus conhecimentos e pude ver então, em um ser humano normal, a face de meu Cristo. Uma parte dele ficaria para sempre comigo. A esperança fazia agora sentido para mim e a Salvação ficou mais próxima. Tudo por que alguém se importou, alguém quis mais que filantropia, quis a caridade como lema de vida.


Beijo da Raposinha!

Carpe Diem

sábado, 16 de maio de 2009

É assim

A chuva cai e um dia amanhece. A esperança não morre nunca.
A vida seguindo seu curso e o ir é como o vir, se temos em mente que tanto faz, chegamos sempre em algum lugar.
Pessoas que vão, pessoas que vem, tem os que ficam e os que ficaram. Uns perdem, outros ganham. Uns simplesmente não se dão conta de nada.
Em meio a dúvidas e pensamentos, corta o silêncio o canto da cigarra. Vai chover de novo!
E a vida se transforma. O amor vira amigo, inimigo, vira o rosto, fala, cala.
O inimigo chora, sofre, adoece, perdoa e já não é mais inimigo...
Saudade, reencontro, despedida, eterna ou não. E assim, segue a vida.

Beijo da Raposinha!
Carpe Diem

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Purificação

Quando a noite despenca nas mais densas trevas,
Do que é onírico, insensato e só... Não, mas a própria solidão é minha companhia...
Uma presença constante regrada de quimeras, capaz de desvanecer até o coração mais pulsante!
Nessa ânsia pelo perfeito, perdida em temor constante, busco teus olhos em vão...
Sem contentamento, desisto da felicidade e entro em choque com o instinto humano de sobreviver e fazer desvanecer toda impureza desse ser...
Sinto o esvair da mente, nessa catarse constante, iniciada por ocasião de feridas, por acreditar num paleio mentiroso de uma alma errante...
Dessas almas que não vagueiam apenas, mas fazem ninhos no coração da amante... Tola enamorada...
Ao pensar que existir não basta, descubro agora que vida não restou... Apenas respiro!!!
Isso passa!
A alma já não dói e as trevas nem são mais densas como outrora!!! Se apenas respiro e não vivo, morto também não estou...
E nesse dilema sigo vagando pela escuridão. Num ritmo lento, constante e cego em busca de vida, em busca de contentamento e fugindo da solidão!
Beijo da Raposinha!
Carpe Diem

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um anjo me visitou!

A manhã começou normal, assim como tantas manhãs de inverno.
Um ventinho frio, pessoas com seus agasalhos, um indo e vindo frenético de um dia de trabalho.
Andava com o pensamento tão distante e até meu corpo estava agora, ficando cada vez mais longe do alvo dos meus pensamentos.
Sentia-me vazia, oca mesmo e sem direção. Alguém tinha que tomar uma providencia... E esse alguém era Eu!
Mas como, se não sabia nem por onde seguir, nem como começar uma nova caminhada solitária? Meus pensamentos corriam mais que o ônibus em que viajava!
Chovia e em minha viagem, continuava só. Na minha frente uma estrada que me levava para longe da minha vida, já traçada, bem definida. Atrás, meus projetos, sonhos, meu futuro todo.
Cada vez mais só!
Chego em casa e a desesperança me toma de assalto. Meus sonhos tinham morrido, meu coração batia descompassado e o sono foi meu guardião por algumas horas.
Acordo suando. Tive febre (deduzi). Calafrios que gelavam minha alma. Estava doente de tristeza. O vazio agora parecia menor, porque eu mesma tinha me reduzido a nada.
E precisava me sentir melhor, cuidar de mim. Até que aconteceu algo! Um clarão de luz em meus pensamentos.
Num relance, sinto que não estava tão só. Pelo menos até agora. Havia uma força dentro de mim. Descobri que quando se parte, deixa-se um pedaço de si e leva-se um pedaço do outro.
Senti como se um anjo estivesse comigo. Por momentos pude experimentar essa sensação. Foi muito boa.
Era como se alguém soubesse que eu precisava disso. Não sei explicar, mas o lindo dessa historia é que seria o meu primeiro questionamento que não precisava de resposta. Ele apenas estava ali. E a incompreensão do ato não tirava a beleza do que vivi.
O coração aquecido de novo.
Mas um mensageiro inesperado me conta que meu anjo teve que partir. O alento se foi! Mas o que era para ser dor se transformou em força para caminhada. A revelação da verdade escondida de que, mesmo quando estamos sós, não estamos abandonados!
Eu nunca estive só. Só não via quem estava comigo.
Quero meu anjo de volta! Quero meu anjo comigo! Não quero visitas breves, quero a eternidade ao seu lado! De breve em minha vida que seja a tristeza, nada mais!


Beijo da Raposinha!
Carpe Diem

sábado, 2 de maio de 2009

Vivendo racionalmente, aspirando o infinito!


Poucas pessoas sabem ao certo a hora em que chegaram ao fundo do poço.
Principalmente quando trata-se de relacionamentos conturbados. É mais complicado ainda quando o amor ainda parece existir.
Em tempos de guerra, o melhor é ter um lencinho branco bem à mão para poder pedir paz e poupar sua vida. Sim, os relacionamentos muitas vezes se transformam em campos de batalha.
Em muitas conversas, principalmente com mulheres, o que mais vemos são pessoas em busca de respostas. E todos os questionamentos são muito subjetivos, como: será que ele me ama, o que está pensando, o que ele quer realmente, fora os questionamentos sobre fidelidade, futuro a dois, etc. É um perguntar infinito!
Muitas vezes a conclusão é mais lógica que racional, mas quem disse que mulher apaixonada é racional? Bastaria um pouco de razão para saber que não se analisam pensamentos e nem intenções. O que está em jogo e que vai fazer diferença nos relacionamentos são os “atos” do parceiro.
Atos não são subjetivos, são mensuráveis e às vezes até palpáveis. Não estou dizendo para analisar o ato do parceiro ao lhe enviar um buquê de rosas. Pode ser delicioso recebe-las, mas não diz nada sobre o futuro, diz mais sobre o momento, principalmente no início, ao sabor da conquista. “Res, non verba” – Atos, não palavras.
Analisar como ele te trata, a atenção que lhe reserva, se cumpre ou descumpre o combinado e principalmente se está te fazendo feliz realmente. Um bom indicativo disso é a paz interior! Sente paz? Pelo menos no momento está tudo bem.
A mulher tem o terrível dom de virar conselheira ou psicóloga de seus amores. Nos cursos de psicologia, ensina-se técnicas para que o psicólogo não se envolva emocionalmente com o paciente. Você tem que decidir se quer ser psicóloga leiga ou parceira, namorada do seu amor.
Não dá para ajudar ninguém quando estamos envolvidos emocionalmente. Algumas vezes é melhor até se distanciar. O distanciamento pode ajudar e até resolver seus problemas.
Quando digo levantar a bandeira branca da paz, entenda-se dar espaço ao outro, calar (difícil), recuar, não atacar. Deixar o outro com seus pensamentos, decisões, enfim, quem sabe a saudade o faz repensar suas atitudes, sejam elas quais forem.
Os problemas são diversos. Alguns se resolvem com simples conversas, outras vezes é necessário realmente um acompanhamento com um psicólogo e no caso de haver necessidade de medicação, um psiquiatra é o profissional indicado. Geralmente o próprio psicólogo detecta a necessidade e encaminha, nesse caso.
Ajuda especializada à parte, não se esqueça de você. A vida continua, com ou sem seu amor. O futuro é cheio de grandes e espetaculares surpresas. Mantenha o foco em seus objetivos pessoais. Cuide de sua aparência física e do seu interior. Tenha amigos, caminhe descalço na areia da praia, na grama. Respire bem fundo.
Você não pode perder a noção da realidade. Mas tenha sempre como meta o infinito. Essa é a grandeza da alma do ser humano.

Beijos da Raposinha!
Carpe Diem